Os Governos de Angola e da RDC procederam, ao meio da tarde desta terça-feira, 05, a reabertura das fronteiras comuns nas Províncias do Zaire, Uíge, Cabinda, Lunda-Norte, Moxico e Malanje, do lado angolano, encerradas por força da Covid-19.O acto que decorreu ao meio da tarde de hoje, na fronteira do Luvu, Província do Zaire, foi co-presidido pelo Ministro do Interior de Angola, Eugénio Laborinho, encabeçando uma Delegação multissectorial e pelo Vice Primeiro Ministro e Ministro do Interior da RDC, Daniel Asselo.Laborinho, disse que "após mais de dois anos de encerramento, ouvida a Comissão Multissectorial para a prevenção e combate à pandemia da Covid-19, o Titular do Poder Executivo, João Manuel Gonçalves Lourenço, Presidente da República de Angola, sensível às dificuldades vivenciadas pelas populações, sobretudo, os residentes fronteiriços, entendeu por bem orientar, mediante prévia concertação com a parte Congolesa Democrática, a reabertura dos postos fronteiriços do Luvu/Zaire, Luau/Moxico, Quimbata/Uíge, Chicolondo, Chissanda, Furi 3 E Nachir/Lunda-Norte, Chiluange/Lunda-Sul, Yema, Cabinda, Marimba, Nguengue, Tembua Aluma, Kingengue/Malanje.Falando perante milhares de cidadãos congoleses, que acorreram ao local do evento no território congolês, Eugénio Laborinho reconheceu que "a reabertura dos postos fronteiriços do Luvu e do Lufu irá proporcionar para os dois povos e Governos, ganhos incomensuráveis que certamente irão se reflectir nas economias dos dois países e, consequentemente, na melhoria das condições sociais das nossas populações" rematou, o dirigente.Por outro lado, recomendou que "não podemos descurar que a reabertura dos postos fronteiriços do Luvu e do Lufu poderá propiciar a ocorrência de crimes transfronteiriços, tais como contrabando de mercadorias de combustível, tráfico de armas de fogo, drogas, de seres humanos, imigração ilegal, abate indiscriminado da fauna e flora, contrafacção de medicamentos, falsificação de moeda e de documentos, dentre outros, disse.Terminou dizendo que "os órgãos de Defesa e Segurança são chamados a redobrarem os esforços necessários, tendentes a prevenção e combate aos supracitados crimes, com vista a conferir um sentimento de segurança às populações residentes ao longo da fronteira comum a fim de conferir um ambiente salutar nas trocas comerciais".Refira-se que, a delegação angolana foi constituída pelo Mário Caetano João, ministro da Economia e Planeamento, Pedro Makita Armando Júlia, Governador do do Zaire, José Carvalho da Rocha, Governador do Uíge, Ernesto Muangala, da Lunda-Norte, comissário-chefe, Pedro Candela, Segundo Comandante-Geral da PNA e Secretários de Estado.
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Angola E Rdc Voltam A Comunicar Sem "Barreiras"